BIBLIOTERAPIA!!!!!

A técnica da biblioterapia pode ser aplicada para fins de diagnósticos, pois um de seus objetivos é encorajar o leitor a encarar a realidade do atual momento vivido, de forma que este possa conduzir suas ações.
A biblioterapia, apesar da palavra de origem grega significar (biblio=livro e therapia=tratamento), não se utiliza livros somente, para sua prática, podem ser utilizados durante a seção material audiovisual, fantoches, músicas, brinquedos, e a leitura.
Alves (1982, p 55) diz que a palavra biblioterapia é:

[...] recente e derivada de dois termos gregos: biblion – livro – e therapeia – tratamento. Mas as práticas de leitura associadas ao processo de cura remontam da época dos faraós. No Egito Antigo, Ramsés II já chamava o hábito da leitura de ‘cura para a alma’. Na Roma Antiga Aulus Cornelius Celsus também utilizou de palavras semelhantes: ‘Tesouro dos remédios da alma’.

Para Bandeira et al.(1995) a biblioterapia é

uma atividade que pode ser utilizada como auxiliar na recuperação de pacientes desde os primórdios das bibliotecas. Contudo, só a partir do século XX é que essa atividade passa a ser adotada com maior intensidade, sendo difundida, principalmente, nos Estados Unidos e na Europa. (apud FONTENELE et al. 2000, p.1)

No ano de 1939, a Biblioterapia foi reconhecida oficialmente como um ramo da Biblioteconomia pela Division of the American Library Association, quando esta associação estabeleceu uma comissão sobre Biblioterapia (SEITZ, 2000).
No Brasil as primeiras pesquisas aconteceram no século XX, durante a década de 80.
De acordo com Seitz (2000), em 1989 surgiu um trabalho a respeito da Biblioterapia para idosos e outro a respeito de sua aplicação para deficientes visuais.
Ratton (1975, p. 199) define a prática biblioterapêutica como “[...] seleção e prescrição de livros de acordo com as necessidades dos pacientes, condução da terapia baseada em comentários de leitura, e avaliação dos resultados”.
Alves (1982, p. 55) coloca a biblioterapia como “[...] uma forma de tratamento bastante recente, mas eficaz na recuperação de pessoas psiquicamente doentes ou portadoras de problemas”
Outra forma de definir Biblioterapia é dimensioná-la no universo da leitura:

“[...] como uma atividade de lazer. Assim, verifica-se que ela supõe certas propriedades terapêuticas, uma vez que ocorre uma fuga, uma evasão, isto é, a criação de um universo independente da rotina cotidiana. Nessa escapada, há um mergulho em um mundo cheio de aventura, romance, fantasia, etc. Nesse sentido, podemos afirmar que uma das funções da literatura é a de aliviar as tensões da vida diária” (ORSINI, 1982).

A terapia juntamente com a leitura está sendo utilizada em asilos, hospitais, prisões e no tratamento de problemas psicológicos em crianças, jovens, idosos, deficientes físicos, viciados.
Camata (2003) ressalta que:

[...] a ociosidade e a tristeza são os maiores aliados das doenças e diz que a biblioterapia é viável às crianças em tratamento, pois ajuda a ocupar o tempo ocioso além de gerar alegria o que favorece na aceitação do tratamento realizado pelas enfermeiras as quais afirmam sensível melhora no comportamento das crianças.

A biblioterapia é indispensável, pois as crianças enfermas se permitem navegar pelo mundo da imaginação aguçando sua fantasia o que ajuda na sua reabilitação. (FILETTI, 1998)
Conforme Caldin (2001), a Biblioterapia se constitui de uma:

[...] atividade interdisciplinar, podendo ser desenvolvida em conjunto com a Biblioteconomia, a Literatura, a Educação, a Medicina, a Psicologia e a Enfermagem. Tal interdisciplinaridade confere-lhe um lugar de destaque no cenário dos estudos culturais. É um lugar estratégico que permite buscar aliados em vários campos e um exercício aberto a críticas, contribuições e parcerias.

Essa atividade é de grande valia para pessoas doentes, mas a sua adoção demanda de um planejamento bem estruturado, selecionando-se as atividades de leitura e adotando-se uma boa conduta no ato de sua implementação.

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