domingo, 20 de novembro de 2011

O Menino Marrom

"Sua pele era cor de chocolate. As bolinhas dos olhos pareciam duas jabuticabas: pretinhas. Os cabelos eram enroladinhos e fofos. Pareciam uma esponja."

Editado pela primeira vez em 1986, conta a história de dois amigos de cores diferentes que crescem juntos.

Ziraldo, como bom mineiro, uai! carrega no sangue o dom de contar histórias.
Com “O menino marrom”, ele arruma uma forma de falar de etnia – nem sei se é seu verdadeiro objetivo (acho que ele só queria mesmo era contar sobre a amizade de dois meninos muito especiais) – de um jeito gostoso, leve e, sobretudo, perspicaz.
            Inusitado como sempre, ele cria comparações, imagens e umas tiradas fantásticas, sempre chamando o leitor para compor e compartilhar sua história.
            O menino marrom é desses livros que vai encantando a gente, tirando o fôlego e mostrando um jeito todo especial de ver as coisas, as pessoas... de relembrar coisas, de relembrar pessoas.
Apesar de classificado como literatura infanto-juvenil, ele, o livro, dá boas lições em gente grande e, até, bons tapas-de-luva.
            Ziraldo mescla vários conceitos: literatura, arte, física; expressões populares; ditos, não tão populares como deveriam ser, mas valiosos, como os de Drummond, com sincronia, sintonia e especial sabedoria.
            Para professores, o livro é ótimo para instigar um trabalho sobre preconceito, ou melhor, seguindo o pensamento de Ziraldo: de despreconceito. Para quem não o é, maravilhoso para conduzir à infância, aos bons e verdadeiros amigos que, se não os conservarmos daquela época, dificilmente os encontraremos novamente.
Além de tudo isso, as ilustrações são perfeitas, pois são também do bom e velho Ziraldo.

sábado, 22 de outubro de 2011

PÂNICO NA BIBLIOTECA

Marquinhos e Duda (Eduardo), dois irmãos com uma missão praticamente impossível. Eles, após muito arrumarrem confusão em casa, os irmãos de Daniel, Bruno e JC, terão de passar as férias na Biblioteca, a qual é organizada e zelada por Dona Ângela, mais conhecida pelas crianças de toda a cidade pelo apelido de Dona Batata. Por que? Porque ela aterroriza a todos que entram na Biblioteca.Um exemplo é quando uma sombra cai em Marquinhos enquanto ele bagunçava os livros e trocava sua fichas de referências por pura maldade. "Era a Dona Batata. Tinha aparecido sem fazer um som, como uma bibliotecária ninja". Toda essa situação terrível não foi percebida por Marquinhos, somente Duda presenciou tudo. "A mão esquerda de Dona Batata se moveu com velocidade de um raio, pegando o carimbo de livro e atirando-o em um movimento preciso e suave. Ele deu cambalhotas no ar tão rápido que sibilou. Marquinhos se virou bem a tempo de ver o bloco de madeira e borracha indo em sua direção. Era tarde demais para sair do caminho. Só o que Marquinhos pôde fazer foi fechar os olhos e guinchar feito um gatinho".

O que aconteceu em seguida? "O carimbo bateu na ficha de referência na mão de Marquinhos, arrancando-a de seus dedos e a esmagando na prateleira. A força do arremesso foi tanta que a ficha ficou ali por vários segundos depois de o carimbo ter caído no chão. Duas palavras ficaram estampadas no papel em tinta roxa: BENS DANIFICADOS".

É certo que as aventuras dos irmãos não acaba por aqui, mas é certo que o gostinho de ler este livro foi despertado, pois o texto de Eoin Colfer sempre mantém o desejo de algo mais, principalmente ao contar uma história interessante como esta, que além de incentivar à leitura, simultaneamente, leva às crianças a desejar conhecer uma biblioteca e por fim, tornar-se grande freqüentador desta. Definitivamente, a mensagem deste livro é muito positiva e inteligente. Mergulhe neste reino de estantes repletas de livros e revistas, em uma fábula sobre o poder da leitura e da imaginação neste mundo em que tudo torna-se cada vez mais descartável.

sábado, 15 de outubro de 2011

QUERIDA PROFESSORA!!!!!

Vem cá, professora preciso falar-te... Pode ser que estejas cansada... foram tantos os problemas desse dia! Foi penoso aturar o chefe! Foram longas as horas de trabalho! E pode ser que estejas preocupada...! São tantas as diferenças sociais! São tantos os problemas na familia! e grande a responsabilidade que lhe confiamos! Deves estar apressada...o trabalho fica tão longe! o ônibus esta atrasado! A fila já dobra a esquina! A gasolina tão cara! Talvez esteja mesmo angustiada...a vida anda tão difícil! O salário já chegou ao fim. Mas, apesar do cansaço da pressa e da angustia... eu insisto: preciso falar-te! Preciso que me escute. Trago recados de tanta gente. Houve alguém que praticou uma boa ação e manda dizer-te que foi porque teu exemplo convenceu. Outro que venceu na vida e manda dizer que foi porque tuas lições permaneceram. Um outro que superou a dor disse que foi a lembrança de tua coragem que o ajudou... E toda a gente desta cidade, Estado e Pátria manda dizer que es importante, que sua presença na educação é fundamental... Você tem nas mãos a grande arma... SEUS ALUNOS!!!!!!!! Você é especial.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

SER CRIANÇA...



"Ser criança é acreditar que tudo é possível.É ser inesquecivelmente feliz com muito pouco
É se tornar gigante diante de gigantescos pequenos obstáculos
Ser criança é fazer amigos antes mesmo de saber o nome deles.
É conseguir perdoar muito mais fácil do que brigar.
Ser criança é ter o dia mais feliz da vida, todos os dias.Ser criança é o que a gente nunca deveria deixar de ser."

(Gilberto dos Reis)

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Trechos do Livro A Cabana

                         Quando eu leio um livro costumo destacar nele as frases, páginas, trechos, textos que me tocaram e que eu não gostaria de perder de vista!
Estes são alguns dos trechos que destaquei do livro A Cabana.

Deus diz: "Jamais pense que o que meu filho optou por fazer não nos custou caro. O amor sempre deixa uma marca significativa."


"A maioria dos pássaros foi criada para voar. Para eles, ficar no solo é uma limitação de sua capacidade de voar, e não o contrário. Você, por outro lado, foi criado para ser amado. 
Assim, para você, viver como se não fosse amado é uma limitação, e não o contrário.
Viver sem ser amado é como cortar as asas de um pássaro e tirar sua capacidade de voar.
A dor tem a capacidade de cortar nossas asas e nos impedir de voar.
O amor não é a limitação. O amor é o voo. Eu sou o amor."

"Os relacionamentos não têm nada a ver com poder. Nunca! E um modo de evitar a vontade de exercer poder é escolher se limitar e servir."

"O ser sempre transcede a aparência. Assim que você começa a descobrir o ser que há por trás de um rosto muito bonito ou muito feio, de acordo com seus conceitos e preconceitos, as aparências superficiais somem até simplesmente não importarem mais. Deus que é a base de todo ser, mora dentro, em volta e através de todas as coisas e emerge em última instância como o real. Qualquer aparência que mascare essa verdade é destinada a cair."

"A confiança é fruto de um relacionamento em que você sabe que é amado."

Deus diz: "Você deve desistir de seu direito de decidir o que é bom e ruim e escolher viver apenas em mim. É um comprimido difícil de engolir. Para isso você deve me conhecer o bastante, a ponto de confiar em mim e aprender a se entregar à minha bondade inerente."

Deus diz: "...O mal é uma palavra que usamos para descrever a ausência de Deus, assim como usamos a palavra escuridão para descrever a ausência de Luz, ou morte para descrever a ausência de Vida. Tanto o mal quanto a escuridão só podem ser entendidos em relação à Luz e ao Bem. Eles não têm existência real. Eu sou a Luz e eu sou o Bem. Sou Amor e não há escuridão em mim. A Luz e  o Bem existem realmente. Assim afastar-se de mim irá mergulhar você na escuridão.
Declarar independência resultará no mal, porque, separado de mim você só pode contar consigo mesmo. Isso é morte, porque você se separou de mim, que sou a Vida."

"Não é da natureza do amor forçar um relacionamento, mas é da natureza do amor abrir um caminho"




sexta-feira, 7 de outubro de 2011

A amizade e as flores.

Sempre que podia eu gostava de ouvir as histórias que minha avó, tinha para nos contar.
Como aprendíamos tanto e tudo era grande novidade para nós.
Aquela manhã de Junho fria de inverno ainda, minha avó estava podando seus vasos como dizia.
Gostava de prepará-los para descansarem no inverno pois segundo ela,estariam germinando e se preparando para a primavera.
Sentei-me numa confortável poltroninha de vime com uma almofada toda colorida.
Minha avó terminou seu serviço e veio sentar ao meu lado.
-Como a senhora gosta de flores não é vovó?
-Muito meu querido, e não consigo entender quem não gosta!
Assim sentados os dois, minha avó começou a me contar sobre plantas boas e más também.
 Ouvia tudo me deliciando pois jamais pensara em uma planta má
-Sim meu filho, são chamadas ervas daninhas.
Aos poucos vão tomando conta da outra planta ou até mesmo dos galhos das arvores e arbustos.
-E o que acontece vovó?
-Precisamos ficar atentos e já no inicio tira-la da planta senão ela mata.
-Fiquei assustado em ouvir isto e o que veio depois também.
Existem pessoas que são como ervas daninhas, se aproximam de você
Mas não servem para ter sua amizade.
Vão te envolvendo, colocando até em situações perigosas e quando você se dá conta é tarde.
Precisamos cultivar nossas amizades como fazemos com as flores e com as plantas.
Muito carinho e cuidados sempre .Estar lá quando elas precisam de nós.
-Quem vovó nós ou as plantas?
-As duas coisas meu caro.
Nunca esqueci esta lição de minha avó.
Por muitas vezes tive erva daninha por perto mas nunca deixei que chegasse até mim.
Sempre que posso ajudo.
Não é só nas horas alegres mas na tristeza também.
Ser amigo é ser leal aceitar o outro como ele é, e não querer modifica-lo o tempo todo.
E você já regou suas flores hoje?


Marlene B. Cerviglieri

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

A FELICIDADE ESCONDIDA

Um dia, no princípio dos tempos, alguns anjos maus se reuniram para fazer uma diabrura.
Um deles disse:
“Estava pensando que poderíamos tirar algo dos humanos, porém… O que?”
Depois de muito pensar, um deles respondeu:
“Já sei!, poderíamos tirar-lhes a felicidade… Porém, claro, o problema será onde escondê-la, para que não possam encontrá-la”.
Propôs o primeiro demônio:
“Vamos escondê-la em cima do monte mais alto do mundo…!”
… Ao que imediatamente discordou um outro:
“Não, lembra que eles têm força e vontade. Algum dia, alguém podería subir e encontrá-la, e se um a encontra, pronto! todos saberão onde está”.
Logo propôs outro:
“Então, vamos escondê-la no fundo do mar!”
E outro contestou:
“Não, lembra que eles têm curiosidade. Algum dia, alguém construirá algum aparato para poder baixar até o fundo e, então, a encontrará”.
Um outro deles disse:
“Escondamô-la em um planeta longe da Terra!”.
Disseram-lhe:
“Não, lembra que eles têm inteligência. Um día, alguém construirá uma nave para viajar para outros planetas e, então, a descubrirão”.
Um dos demônios havia permanecido em silêncio, escutando atentamente as propostas.
Analisou a cada uma delas… E, então, disse:
“Creio saber onde devemos colocá-la para que jamás a encontrem”.
Todos olharam-no assombrados e perguntaram ao mesmo tempo: “Onde?”.
“Esconderemo-la DENTRO deles mesmos… Estarão tão ocupados buscando-la fora que nunca a encontrarão”.
Todos ficaram de acordo e, desde então, sempre tem sido assim:
“O SER HUMANO PASSA A VIDA BUSCANDO A FELICIDADE SEM SABER QUE A LEVA CONSIGO.”
(Inspetoria Salesiana de Bilbao-Espanha)

terça-feira, 27 de setembro de 2011

CARPE DIEM!!!!


Carpe Diem é uma frase em latim de um poema de Horácio, e é popularmente traduzida para colha o dia ou aproveite o momento.É também utilizado como uma expressão para solicitar que se evite gastar o tempo com coisas inúteis ou como uma justificativa para o prazer imediato, sem medo do futuro.
 

"APANHA OS BOTÕES DE ROSA ENQUANTO PODES!!!!!"

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

A HISTÓRIA DE MIL E UMA NOITES!!!!!!



"Há muitos séculos atrás no antigo Oriente, Sherazade, uma jovem de beleza e inteligência extraordinárias enfrentaria o poder do grande Sultão Shariman e conquistaria seu coração. Ela criaria uma das mais belas histórias de amor:

No início de nossa história, Shariman é o poderoso Sultão que reinava absoluto no Oriente. Possuía um belo palácio em Bagdá e seu irmão chamado Shazaman dominava a China.

Um dia, Shazaman enviou um mensageiro a Bagdá convidando Shariman para uma visita. Shariman que gostava de viajar e estava com saudade do irmão, prontamente aceitou.

Estava ele no meio do caminho, quando lembrou-se que deixara no palácio o presente que daria ao seu irmão. Retornou inesperadamente ao palácio e pode ver um dos súditos entrando no quarto de sua esposa. Enfurecido, Shariman apanhou a espada, e rasgando o véu que guardava a entrada do quarto dela surpreendeu os dois abraçados. Ordenou aos guardas que levassem o traidor para prisão e expulsou a rainha de Bagdá para sempre.

ShaShariman decidiu que não confiaria mais em nenhuma mulher. Para evitar traições, ele se casaria com uma jovem a cada noite. No dia seguinte, ao nascer do sol, ela iria embora do reino e não poderia mais voltar. Shariman encarregava o nobre Mustafá, seu Vizir, de escolher suas esposas. Várias jovens foram levadas, as famílias não podiam negar nada ao Sultão. Muitas porém fugia, para escapar do cruel destino. Chegou um dia que Mustafá não encontrou donzela para casar com o Sultão e voltou preocupado para casa.

O Vizir tinha duas lindas filhas: Sherazade e Denizade. Sherazade era mais velha, além de bela, era instruída nas artes e nas ciências. Havia ali do muitos livros e todas as tardes visitava a praça dos contadores de histórias: um lugar onde várias ten contarem suas aventuras e descobertas.

Vendo seu pai infeliz perguntou o motivo de tanta tristeza. Quando o Vizir contou-lhe Sherazade disse:
- Pai, leve-me ao Sultão; serei sua esposa e terminarei com essa tragédia.

No dia seguinte Sherazade e seu pai foram ao encontro de Shariman. O sultão ficou admirado de sua beleza e casou-se com ela.

Quando chegou o momento esperado Sherazade olhou para o Sultão e falou:
- Deixe-me alegrar seu coração. Meu Senhor! Permite que lhe conte uma história? Curioso, Shariman aceitou.

Sherazade com sua voz melodiosa começou a contar histórias de aventuras de reis, de viagens fantásticas de heróis e de mistérios. Contava uma história após a outra, deixando o Sultão maravilhado.

Sem que Sheramin percebesse, as horas passaram e o sol nasceu. Sherazade interrompeu uma história na melhor parte e disse:
- Já é de manhã, meu senhor!

O rei interessado na história, deixou Sherazader no palácio para mais uma noite.

E assim Sherazade fez o mesmo naquela noite, contou-lhe mais histórias e deixou a última por terminar. Sempre alegre, ora contava um drama, ora contava uma aventura, às vezes um enigma, em outras uma história real.

Procurava sempre a tenda dos contadores em busca de histórias para nunca repetir nenhuma. Todas as noites Sherazade tinha uma história nova para contar ao Sultão. Ela agiu dessa maneira por mil e uma noites seguidas.

A jovem teve tanta dedicação e foi tão carinhosa, que acabou conquistando o coração do Sultão. Na milésima Segunda noite Shariman declarou:
- Não saberia viver sem suas histórias e seu amor, Sherazade,

Shrerazade sorriu e abraçou seu esposo. Sherazade E Shariman foram felizes por muitos e muitos anos."


Este livro demonstra o poder de uma boa história, pois a narrativa envolve o leitor e o incentiva a querer saber mais. O ato da leitura pode resultar numa transformação cognitiva, emocional e intelectual. A leitura, também, é uma forma de entretenimento, pois proporciona momentos de prazer, permitindo o leitor identificar-se com personagens, situações e emoções diversas.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

PRIMAVERA


A primavera chegará, mesmo que ninguém mais saiba seu nome, nem acredite no calendário, nem possua jardim para recebê-la. A inclinação do sol vai marcando outras sombras; e os habitantes da mata, essas criaturas naturais que ainda circulam pelo ar e pelo chão, começam a preparar sua vida para a primavera que chega.

Finos clarins que não ouvimos devem soar por dentro da terra, nesse mundo confidencial das raízes, — e arautos sutis acordarão as cores e os perfumes e a alegria de nascer, no espírito das flores.

Há bosques de rododendros que eram verdes e já estão todos cor-de-rosa, como os palácios de Jeipur. Vozes novas de passarinhos começam a ensaiar as árias tradicionais de sua nação. Pequenas borboletas brancas e amarelas apressam-se pelos ares, — e certamente conversam: mas tão baixinho que não se entende.

Oh! Primaveras distantes, depois do branco e deserto inverno, quando as amendoeiras inauguram suas flores, alegremente, e todos os olhos procuram pelo céu o primeiro raio de sol.

Esta é uma primavera diferente, com as matas intactas, as árvores cobertas de folhas, — e só os poetas, entre os humanos, sabem que uma Deusa chega, coroada de flores, com vestidos bordados de flores, com os braços carregados de flores, e vem dançar neste mundo cálido, de incessante luz.

Mas é certo que a primavera chega. É certo que a vida não se esquece, e a terra maternalmente se enfeita para as festas da sua perpetuação.

Algum dia, talvez, nada mais vai ser assim. Algum dia, talvez, os homens terão a primavera que desejarem, no momento que quiserem, independentes deste ritmo, desta ordem, deste movimento do céu. E os pássaros serão outros, com outros cantos e outros hábitos, — e os ouvidos que por acaso os ouvirem não terão nada mais com tudo aquilo que, outrora se entendeu e amou.

Enquanto há primavera, esta primavera natural, prestemos atenção ao sussurro dos passarinhos novos, que dão beijinhos para o ar azul. Escutemos estas vozes que andam nas árvores, caminhemos por estas estradas que ainda conservam seus sentimentos antigos: lentamente estão sendo tecidos os manacás roxos e brancos; e a eufórbia se vai tornando pulquérrima, em cada coroa vermelha que desdobra. Os casulos brancos das gardênias ainda estão sendo enrolados em redor do perfume. E flores agrestes acordam com suas roupas de chita multicor.

Tudo isto para brilhar um instante, apenas, para ser lançado ao vento, — por fidelidade à obscura semente, ao que vem, na rotação da eternidade. Saudemos a primavera, dona da vida — e efêmera.

Texto extraído do livro "Cecília Meireles - Obra em Prosa - Volume 1", Editora Nova Fronteira - Rio de Janeiro, 1998, pág. 366.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

DIA DA ÁRVORE!!!!!

A Árvore Crespinha


PITANGUEIRA DA MINHA CASA!!!
 Dentro de um parque muito lindo estava a árvore crespinha. Era assim que os demais  moradores a conheciam. Era muito alta e toda coberta de folhinhas dando a impressão que foram colocadas uma a uma no tronco dela. Os pássaros gostavam de conversar com ela, pois sempre aprendiam alguma coisa nova. Tinha sempre boas palavras para todos e dificilmente se irritava. Ficava muito feliz, pois em seus galhos abrigava muitos ninhos de pássaros que vinham de longe, para ali construírem seus ninhos.
- Você não se incomoda com tanto barulho - disse-lhe um dia o sabiá num papo com ela. - Não – respondeu -, eu até gosto e muito, pois sempre tenho amigos em volta.
- Sabe - disse o sabiá -, não te incomoda também toda esta folha em volta de você?
- Ora seu sabiá, isto é um presente que recebi.
- Presente! De quem?
- Da Mãe natureza.  Respondeu a árvore.
- É uma proteção que tenho. Por isso que te chamam de árvore crespinha?
- É sim.
O sabiá achava feias as folhinhas parecia uma coisa maluca - pensou.
Passados alguns dias estavam todos fazendo suas tarefas no parque.
Os pássaros procuravam ajudar as mamães na formação dos ninhos, e todos buscavam gravetinhos. Também frutinhas das quais se alimentavam. Tomavam seus banhos e brincavam saltando de um lado para outro. Mas eis que começou a se formar uma nuvem grande e escura. Estava carregada e logo iria despejar toda água no parque.
Voavam todos para seus ninhos suas casinhas a fim de se abrigarem da chuva que já vinha chegando. E ai começou  a cair muita água e até pedrinhas que chamamos de granizo. É muito bonito de se ver, mas estas pedrinhas, granizo machucam as plantas e, conforme o tamanho, quebram até telhados. Por uma meia hora foi uma tempestade bem forte. Quando passou havia um silêncio no parque.
Hora de se ver os estragos. Quanta plantinha não resistiu, e muitos filhotinhos caíram do ninho e estavam mortos no chão.
Que tristeza de se ver. E dna árvore crespinha, como estaria?
Voando depressa lá foi o sabiá ver a situação.
Como sempre ela estava sorrindo e suas folhinhas estavam grudadas no tronco, como a dizer daqui ninguém me arranca.
- Olá dna crespinha como esta a senhora - disse o sabiá.
- Estou muito bem senhor sabiá. Todas minhas folhinhas estão limpas, mas o melhor foi que os meus moradores estão todos bem.
- É mesmo?
- Sim na hora da chuva pedi que viessem se abrigar no meio das folhinhas enrolando seus filhotinhos e assim o vento não os derrubou. Agora podem voltar para seus ninhos. E o senhor, sabiá, como está?
- Ora, estou bem.
- E sua família?
- Não sei eu voei  para me proteger e nem pensei em mais nada.
- Senhor sabiá  que coisa feia de se dizer! Não devemos pensar só em nós.Os demais, mesmo não sendo de nossa família, merecem atenção também.  Hoje o sr conseguiu se salvar e está bem, e amanhã? Sempre precisamos um do outro. É tão bom poder ajudar.
E lá no alto da árvore os pássaros cantavam felizes novamente. Tudo é tão passageiro, passa depressa. Não acontece novamente da mesma forma, vamos fazer agora pois amanhã poderá não ter mais volta. E ali ficou a arvore crespinha sempre alegre e feliz conversando com quem quisesse falar com ela.
Não havia no parque árvore mais feliz.
- E você já disse e pensou alguma coisa boa hoje? De minha parte um abraço e um grande beijo em teu coração.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

PATCH ADAMS: O AMOR É CONTAGIOSO!!!!!

.

Baseado numa história verdadeira, Patch Adams, é a história de um médico
que não parece, age ou pensa como nenhum doutor que você conheceu antes.
 Para Patch, humor é o melhor remédio, e ele está disposto a fazer de tudo para que
seus pacientes sorriam mesmo que isto signifique arriscar sua própria carreira.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

O Pequeno Príncipe



"Tu não és para mim
senão uma pessoa inteiramente igual
a cem mil outras pessoas.
E eu não tenho necessidade de ti.
E tu não tens necessidade de mim.
Mas, se tu me cativas,
nós teremos necessidade um do outro.
 Serás pra mim o único no mundo.
E eu serei para ti a única no mundo..."

A Dama e o Vagabundo

Que natal feliz! Uma jovem recém-casada recebeu de presente uma pequena cadelinha que chamou de Lady.

E desde então é um festival de carinhos que não tem fim!

Lady é tão linda que os cães do quarteirão não tem olhos para nada, a não ser para ela.

Especialmente Vagabundo!

Porém, Lady recusa-se a falar com ele. Ela acha tão despenteado, tão mal-educado!

Um belo dia, Lady deu adeus à sua boa vida.

Sua dona teve um bebê.

Todos os sorrisos, todos os carinhos são para o recém-nascido.

Mas o pior de tudo é quando tia Sarah chega em casa com seus dois horríveis gatos.

Si e Ão.

Os dois siameses malvados começam imediatamente a atacá-la e a mexer em tudo que havia dentro de casa.

Lady defende, porém quebra tudo na sala.

Como punição lhe colocam uma focinheira.

Lady se debate, salta, dá pulos, se enfurece!

Para onde será que ela vai?

Ela foge desesperada para a rua, e os cães vadios a atacam sem piedade.

Mas eis que chega o Vagabundo! Ele rosna, morde, afasta os cachorrões, Salvando Lady.



Lady se encanta com a bravura de Vagabundo e começa se apaixonar!

Vagabundo conduz Lady à uma cantina do seu amigo Tony. E aquele dia em especial Tony prepara uma deliciosa macarronada para os dois.

E ali começou um grande romance. Mais tarde eles se casaram, tiveram muitos filhotes e Lady pode voltar com sua família para casa, onde todos puderam ser felizes.

sábado, 17 de setembro de 2011

Alice no Pais das Maravilhas

Era uma vez uma menina chamada Alice. Numa tarde de verão, ela estava sob a sombra de uma árvore, ao lado de sua irmã mais velha, que lia um livro sem nenhuma figura. Achando aquilo muito chato, Alice foi ficando cada vez mais sonolenta quando, de repente, apareceu um coelho apressado com um enorme relógio exclamando:

- Hãaa!!! Nossa! É tarde, é tarde, é tarde, muito tarde!

O coelho entrou numa toca e a menina foi atrás. De repente, ficou tudo muito escuro e Alice sentiu que estava caiiindo, caiiindo, caiiindo num poço que parecia não ter fim.

Aí... de repente, plaft! Tinha caído sentada num monte de folhas secas. Olhando ao redor, ela viu uma pequena porta. Quis passar, mas não conseguiu, porque a porta era minúscula.

Havia por ali uma lata em que estava escrito "Coma-me". Abriu a lata mais que depressa e, vendo que eram biscoitos, começou a comer. Pra surpresa de Alice, quanto mais ela comia, menor ficava em tamanho. Foi ficando pequenininha, pequenininha e assim conseguiu passar pela portinha.

Saiu então num jardim onde viu flores falando e cantando. Isso a deixou super-admirada. Perguntou então às flores:

- Como posso crescer novamente?

- Siga em frente. Responderam em coro.

Alice obedeceu. Andou, andou, e encontrou em cima de um cogumelo um bichinho verde que lhe perguntou:

- Que deseja, menina?

Percebendo a tristeza de Alice, o bichinho verde disse:

- Coma do cogumelo, mas coma só do lado direito, senão você diminui.

Minutos depois de comer, Alice voltou ao seu tamanho normal. Muito feliz, ela levou consigo mais dois pedacinhos do cogumelo.

Sem rumo certo, Alice continuou a andar quando, inesperadamente, encontrou um gato risonho:

- Pode me indicar o caminho que devo seguir?. Disse a menina.

- Humm! Mas pra onde deseja ir? - perguntou o gato.

- Não sei!...

- Humm! À direita, mora o Chapéu; à esquerda, mora a Lebre de Março. Hãaa!. Tanto faz, menina, os dois são malucos, disse o gato.

- Maas, então, tenho eu que viver entre doidos?

- Humm! Humm! Dê trinta passos pra frente, trinta passos pra direita e mais trinta pra esquerda. Ali existe uma árvore que orienta.

Sem entender nada, mas levada pela intuição, Alice chegou na casa da Lebre de Março e viu a Lebre e o Chapéu tomando chá ao ar livre. Sentou-se à mesa com os dois.

- Mais vinho, Chapéu? - perguntou a Lebre.

- Oh! Oh! Oh! Sim, por favor, querida, um pouco mais de leite sem manteiga com casca de pão - respondeu ele.

Aturdida, sem entender nada, Alice saiu dali em disparada. Mais à frente, ela viu os soldados da Rainha de Copas pintando de vermelho as flores brancas que ali existiam.

- Mas por que estão pintando de vermelho as flores brancas?

- Plantamos flores brancas por engano. Como a Rainha só gosta de flores vermelhas, se não pintarmos as flores brancas de vermelho, ela manda cortar nossas cabeças, responderam eles.

No Reino de Copas, tirando essa maluquice toda, tudo corria normalmente. Um dia, porém, um soldado roubou da Rainha um pedaço de bolo. Foi preso pra ser julgado e condenado. E Alice, mesmo sem saber do acontecido, foi convocada pra testemunhar.

Estava pra se iniciar o julgamento, quando algo muito estranho aconteceu. Alice começou a crescer, a crescer... e ficou muito alta, com mais de um quilômetro de altura.

Os soldados então começaram a correr atrás dela pra expulsá-la do Reino, porque assim mandava a lei.

Nesse instante, Alice acordou e viu-se deitada no colo de sua irmã que lia um livro sem figuras. Ah, ah, ah! Felizmente, tudo tinha sido só um sonho!!!.





























sexta-feira, 16 de setembro de 2011

O CONTADOR DE HISTÓRIAS


- Conta-me uma história – pedia-lhe a moça.
- Tenho de pensar! – respondia-lhe.
Ora, acontecia que, por vezes, o tempo que levava em sua meditação era longo demais para ela, que se zangava. Mas ele balançava a cabeça e respondia impassível:
- Você deve ter um pouco mais de paciência. Uma boa história é como uma boa montaria. A caça brava fica escondida e é preciso armar emboscadas e ficar de tocaia horas e horas a fio, na boca dos precipícios e florestas. Os caçadores mais apressados e impetuosos afugentam a caça e nunca obtêm os melhores exemplares. Deixa-me, pois, pensar!
Mas, desde que tivesse meditado o tempo bastante e começasse a falar, não parava enquanto não tivesse contado a história completa, que corria ininterrupta e fluente como um rio descendo montanha abaixo e em cujas águas tudo se reflete – desde a pequena folha de grama até o azul da abóbada celeste(...).
Convertia-se num ser todo-poderoso assim que iniciava mais uma demonstração de sua arte, pois aprendera a arte de narrar no Oriente, onde essa função é altamente apreciada e seus praticantes são considerados uma espécie de magos.
Jamais começava suas histórias em países estranhos, para onde o espírito do ouvinte não podia voar com força própria.
Principiava sempre com algo que os olhos pudessem ver; depois, imperceptivelmente, levava a imaginação dos ouvintes para onde muito bem ele queria de modo que a narrativa transcorria com naturalidade.
Quem o escutava absorto em suas palavras, embora continuasse tranqüilamente sentado, o espírito já vagava. Alegre e receoso, pelas regiões mais fascinantes. Assim era a maneira de ele contar suas histórias.
Herman Hesse